ASCOM - Assessoria de Comunicação
02/06/2017 10h27 - Atualizado em 02/06/2017 10h27
No Dia Nacional de Combate à Exploração Sexual de Crianças, a Polícia Civil, representada pela Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV), em parceria com a Secretaria de Direitos Humanos e Políticas Para Mulheres e Idosos (SEDHMI), e a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (ALERJ), lançaram a campanha “Contando um Conto – Cuidando de nossas Crianças e Adolescentes”.
A campanha tem por objetivo informar e orientar, de forma lúdica, pais e filhos sobre como perceber e evitar que menores de idade sejam vítimas de pedofilia. A iniciativa alerta para a data de 18 de maio - O Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes.
Em um vídeo, princesas e Super-heróis contam a história de uma menina que foi vítima de abuso sexual. Para o Secretário de Direitos Humanos e Políticas para Mulheres, Átila A.Nunes, esta campanha poderá auxiliar os pais a conversarem em casa sobre um tema que para muito pode ser considerado delicado: “Os personagens das histórias infantis ajudam a entrar no universo das crianças e, falando a linguagem delas, debater sobre o abuso sexual. Para muitos pais poderia ser um tabu, mas quando narrado em forma lúdica torna-se de fácil entendimento para as crianças e para a família”, explica o secretário.
O chefe da Polícia Civil, Carlos Leba, acredita que a parceria com a SEDHMI é fundamental para a elaboração de iniciativas conjuntas: “A Polícia Civil está em defesa de quem precisar e em constante busca de aprimoramento de suas ações. O trabalho com a Secretaria de Direitos Humanos viabilizará projetos em defesa das minorias”, diz Leba.
A campanha foi inspirada na cartilha “Marianinha: a menina que botou a boca no trombone”, de autoria do psicólogo e inspetor da Polícia Civil, Emerson Brant. O texto do livreto surgiu no cotidiano da DCAV. Em 2002, Emerson era responsável por entrevistar crianças vítimas de abusos. Segundo o autor, todos os elementos da cartilha foram colhidos com base nos depoimentos: “Pensamos na cartilha para iniciar o diálogo entre adultos e crianças, pais e filhos, fornecendo um instrumento de comunicação. A informação é a melhor ferramenta. Todas as vezes que a imprensa divulga fatos de abuso sexual, o número de denúncias aumenta de forma imediata na DCAV.”, questionou Brant.
A delegada titular da DCAV, Juliana Emerique, afirmou que a instituição tem estrutura física e equipe altamente qualificada, sendo referência para todo o país. “Na nossa delegacia, a vítima é ouvida e o agressor o culpado. Desde 2015, realizamos todos os protocolos de atendimento dentro da DCAV, evitando a peregrinação da vítima pela cidade: registro da ocorrência, perícia e relato das vítimas com a gravação do áudio/vídeo para o encaminhamento imediato à Justiça”, afirmou à delegada.