ASCOM - Assessoria de Comunicação
15/05/2018 13h07 - Atualizado em 15/05/2018 17h36
A iniciativa visa a garantir atendimento humanizado e especializado respeitando a identidade de gênero
A Policia Civil do Estado do Rio de Janeiro lançou, nesta terça-feira (15/05), o protocolo de atendimento para mulheres transsexuais e travestis nas delegacias de todo o estado. A iniciativa pioneira visa a garantir atendimento humanizado e especializado respeitando a identidade de gênero. A assinatura do protocolo acontecerá às 11h, na chefia de Polícia.
- A Policia Civil tem que oferecer atendimento igualitário a todas as pessoas que buscam uma das nossas unidades. Esse protocolo é uma ação importante para que essas mulheres possam se sentir respeitadas e tratadas com dignidade - afirmou o chefe de Polícia, delegado Rivaldo Barbosa.
O projeto nasceu de uma parceria da Divisão de Polícia de Atendimento à Mulher (DPAM) com a Coordenadoria Municipal da Diversidade Sexual e vai oferecer às transsexuais e travestis o direito de serem atendidas de acordo com a sua escolha de gênero, nas Delegacias de Atendimento à Mulher (DEAMs) e demais unidades do Estado. A iniciativa garante ainda que elas possam registrar denúncias dentro da Lei Maria da Penha.
- A ideia é que todas as mulheres possam ter acesso aos mesmos direitos. A identidade de gênero tem que ser respeitada. Elas merecem receber atendimento adequado, ainda mais num momento em que já estão tão fragilizadas - destacou a delegada Gabriela Von Beauvais, diretora da DPAM.
Para o coordenador Municipal de Diversidade Sexual, Nélio Georgini, o protocolo é de suma importância para esse público.
- O protocolo de atendimento para às mulheres trans e travestis além de oferecer cidadania, resgata a dignidade de cada uma delas. O Brasil é o país que mais assassina transexuais no mundo. A convite da Polícia Civil, a Coordenadoria, em parceria com o grupo Pela Vidda, ajudou a construir esse protocolo que será um divisor de águas para essa população - ressalta ele.
No último dia 25, a DPAM realizou uma consulta pública em parceria com a Coordenadoria Especial da Diversidade Sexual, e o Grupo Pela Vidda. O encontro teve como objetivo ouvir os anseios dos movimentos sociais para a construção do protocolo e buscar atender essas necessidades.