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Institucional

IPPGF cria projeto para aprimorar investigações de casos de violência contra a mulher

Fotos: Divulgação

ASCOM - Assessoria de Comunicação
07/08/2020 18h31 - Atualizado em 07/08/2020 18h31

O Instituto de Pesquisa e Perícia em Genética Forense (IPPGF), que pertence ao Departamento Geral de Polícia Técnico-Científica (DGPTC), órgão da Secretaria da Polícia Civil (SEPOL), desenvolve um projeto que busca aprimorar e dar maior celeridade às investigações envolvendo crimes de violência contra a mulher. A proposta é da diretora do IPPGF e perita criminal Selma Lilian Sallenave Sales, que viu no aumento dos números de violência contra a mulher, registrados no país, um fator preocupante e que precisava de uma resposta à altura.

A perita conta que a intenção é trabalhar em dois pontos específicos, sendo o primeiro o aperfeiçoamento de metodologias para otimizar a qualidade do DNA obtido a partir das amostras, além de acelerar seu processamento. O segundo ponto é alimentar o Banco Estadual de Perfis Genéticos (BEPG) do Rio de Janeiro e também o Banco Nacional que integra todas os Bancos de DNA Periciais do Brasil. “A utilização de tecnologias que permitam aumentar o sucesso na resolução de crimes sexuais é fundamental. Queremos fazer com que o processo seja o mais rápido possível, por meio da utilização de plataformas automatizadas. Esses são crimes de difícil caracterização porque não é simples separar o DNA da vítima e do agressor para análise, pois, na maioria das vezes, ocorre mistura dos materiais genéticos”, comentou a perita.

O projeto tem por objetivo inicial processar amostras de casos abertos de violência sexual ocorridos sobretudo entre os anos de 2005 e 2012, e conta também com a participação em equipe dos peritos Arthur de Mello Prates, um dos administradores do Banco de DNA no IPPGF, e de Priscila Afonso Torres, a atual chefe do laboratório. Para a compra dos insumos foram usados os recursos recebidos da FAPERJ. A expectativa é de poder obter um DNA de qualidade e que corresponda aos critérios técnicos exigidos para a inserção no banco de dados, aumentando a possibilidade de identificar um agressor e até mesmo um estuprador em série. “A maioria dos casos que ainda recebemos é de casos que chamamos de fechados, por já apresentarem um possível agressor. No entanto, o processamento de casos abertos tem aumentado gradativamente desde a implementação do banco, o que reflete os esforços da Perícia do Rio de Janeiro em investir na resolução de crimes desse tipo”, conta a diretora do IPPGF.