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PCERJ em Ação

Polícia Civil e Ministério Público deflagram operação contra esquema fraudulento de compra de tíquetes refeição

Fotos: Divulgação

ASCOM - Assessoria de Comunicação
25/05/2021 09h19 - Atualizado em 25/05/2021 9h19

A Secretaria de Estado de Polícia Civil (Sepol), por meio do Departamento-Geral de Polícia da Capital (DGPC), da 13ª DP (Ipanema) e da 23ª DP (Méier), e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), do Ministério Público, deflagram operação contra empresas que participam de esquema fraudulento de compra de tíquetes alimentação.

As investigações das duas delegacias começaram com os registros de que menores de idade, não identificados, das comunidades do Pavão-Pavãozinho e Complexo do Chapadão estariam praticando diversos delitos em bairros da Zona Sul, como Copacabana, e repassavam o produto do crime a dois estabelecimentos comerciais clandestinos que funcionam comprando ouro e outros bens.

Durante diligências nos dois endereços, os agentes verificaram que os estabelecimentos comerciais receptam joias e compram créditos de tíquetes-refeição de trabalhadores mediante taxas abusivas e ilegais. Em um dos locais, as equipes flagraram uma das denunciadas atuando como “gerente” e apreenderam banners com a inscrição "Compro Tíquetes", máquinas para cartões bancários, vales refeição, diversos cartões de benefícios, dinheiro, comprovantes de transação financeira realizada nas máquinas de cartões, porta-documentos com a inscrição "tíquetes/cartão", além de diversas anotações e documentos.

Os agentes constataram que as máquinas para cartões bancários emitiam comprovantes de pagamento em nome de uma pessoa jurídica e ambas forneciam endereços fraudulentos de sua localização, atuando como “fachada” e empresas “fantasmas”, registradas em nomes de “laranjas”. Os policiais verificaram que empresas do ramo alimentício eram utilizadas pelo líder do grupo para viabilizar a atividade comercial irregular, as transações simuladas e a receptação de bens subtraídos.

As equipes também comprovaram a larga movimentação financeira nas contas bancárias, incompatível com a realidade, pois as empresas não exercem atividade comercial e possuem endereços inexistentes ou onde constam imóveis residenciais e não há sequer um único funcionário registrado.

Por meio de ações de inteligência foi possível constatar que as importâncias em dinheiro movimentadas são parte de um esquema de lavagem de dinheiro por meio da prática de crimes de usura, estelionato e receptação qualificada, além de delitos contra a ordem tributária e falsidade documental.