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Institucional

Dia do Policial Civil é celebrado com entrega de medalhas e almoço comemorativo

Fotos: Paulo Toscano

ASCOM - Assessoria de Comunicação
02/10/2017 16h10 - Atualizado em 03/10/2017 0h26

Durante a solenidade de entrega de medalhas (Honra, Fidelidade, Amizade e devotamento), na sexta-feira (29/09), o chefe de Polícia Civil, Carlos Leba, lamentou a ausência de muitos policiais civis, claramente fazendo referência aos nossos bravos guerreiros já falecidos, e portanto, não havia condições de felicidade plena.

- Era para ser um dia de festa, mas é pesado! Ainda que se diga em um universo ou outro que os ausentes chegaram primeiro e estão fazendo falta. E a gente tem que tocar a vida a diante e comemorar, paradoxalmente, o Dia do Policial Civil como se fosse possível comemorar este dia diferente do Dia da Polícia Civil, em maio, ressaltou o chefe de polícia.

Dirigindo-se aos policiais presentes, Carlos Leba disse, ainda, que nenhuma organização que dure tanto tempo, dois séculos, será capaz de prescindir da convicção, segundo a qual, a instituição são os senhores. Então, não festejamos apenas o Dia do Policial Civil, mas a instituição Polícia Civil, porque sem os senhores nada disso seria possível para a construção de uma trajetória relevante e indispensável.

- Esbarrei aqui, chorando, pelas ausências, porque depois que vim parar na Polícia Civil, a adrenalina descompensou um pouco, mas não consigo viver sem ela, assim como não esconder o quanto me emociono pelo que faço, por quanto gosto das pessoas, pelo trabalho, pela idéia de generosidade, pelos indefesos e, inclusive, em favor da minha vida. Compromete saúde, família, tudo que se possa imaginar e gera incompreensões, o que todos os senhores sabem exatamente o que estou falando, destacou o chefe de polícia.

- Hoje, esta solenidade só foi possível porque encontramos remanescente estoque de medalhas, não podemos compra-las. Isso mostra o esforço que estamos fazendo no dia a dia para levar o Estado adiante. Então, não fiquem tristes aqueles que não foram agraciados, não sintam que não foram homenageados, considerem, porque isso é apenas um gesto. Aceitem meu pedido de desculpas, pois todos são importantes e reconhecidos como integrantes de um processo e de uma instituição vigorosa, respeitável, que convive com as diferenças de quadros, mas que garante que as futuras gerações tragam novos e melhores modelos para que possamos sempre praticar o nosso lema, “em defesa de quem precisar”, finalizou Carlos Leba.

Presente à solenidade, o subsecretário de Assuntos Estratégicos da secretaria de Segurança, Roberto Alzir, representando o Secretário Roberto Sá, parabenizou a Polícia Civil e os policiais pela data simbólica e lembrou o esforço que tem sido feito para colocar os salários em dia. Destacou que teremos um final de ano mais tranquilo que o de 2016 e agradeceu o apoio da Pcerj pelos relevantes serviços prestados à sociedade e à causa da Segurança Pública no Rio de Janeiro.

Representando os delegados de polícia, a diretora geral de Polícia Técnico-Científica, delegada Sandra Ornellas, iniciou o discurso lembrando um quadro do programa Vila Sésamo, da Rede Globo, no qual uma criança perdida pedia ajuda a algumas pessoas que perguntavam a ela sobre onde estava a mãe da referida criança e a mesma dizia, que a perdeu. E as pessoas insistiam perguntando como era a mãe, qual o nome dela. A criança apenas dizia que ela era a mulher mais bonita do mundo. Começaram a procurar juntos pela mulher com aquelas características, até que tempos depois, o menino se deparou com uma senhora de rosto marcado pelos anos, muito triste, e este ficou feliz, pulando de alegria por ter encontrado a quem procurava. Todos se surpreenderam porque não reconheciam nela as características descritas pelo menino e concluíram que “aos olhos de quem ama, nada é mais lindo que o objeto de seu amor”.

- A Pcerj é uma jovem, vigorosa e linda senhora de 209 anos, a melhor polícia do mundo, a nossa polícia, porque nós a amamos e nossa história se confunde com a dela, porque ao ingressar na polícia, nós mudamos tanto que temos muita dificuldade de compreender as nossas vidas se não for aqui. Ninguém é capaz de compreender a nossa dedicação, a nossa camisa raiva ou explosão de alegria diante de um trabalho concluído com êxito, ninguém entende o fato de não haver finais de semana, feriados, horas sem dormir. Ninguém entende a nossa obstinação, completou, emocionada, a diretora do DGPTC.

Citou que conheceu policiais aposentados que ainda frequentavam delegacias onde trabalhou para rever amigos e os comparou a um amor visceral pela profundidade da relação com o trabalho.

- Sobre essa relação de trabalho, ressaltou que o amor não correspondido, faz sofrer , mas que o reconhecimento é uma forma de retribuição desse amor e esperar que a sociedade reconheça a importância do nosso trabalho, talvez seja fruto de muita decepção, finalizou Sandra Ornellas.

Falando em nome dos agentes, o Comissário de Polícia, Miguel Ângelo Ticom, disse, durante o discurso, que não só aos agraciados com as medalhas, mas a todos os policiais que têm honra, fidelidade e devotamento à Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro.

E isso nos torna iguais, fortes e ombreados para superar aquele que talvez seja o maior desafio que já enfrentamos nesses 209 anos de existência. Em tempos de crise (financeira, política, moral), muitos podem se questionar sobre o que nos move e nos inspira.

- Na qualidade de Comissário de Polícia, poderia apoiar minha fala na experiência, nos anos de estrada, na ligação emocional que os mais antigos na profissão ainda guardam em relação à instituição. Afinal, somos memória e a materialização de uma geração que ingressou para a carreira policial talvez mais vocacionada, mas não posso esquecer que para os mais jovens, o desafio é ainda maior, completou Tycon.

Numa sociedade dinâmica e em constante transformação, serão exigidas das novas gerações de policiais adaptações constantes e alterações de curso para fazer frente à ampliação cada vez maior das atribuições da Segurança Pública, que hoje é cobrada a dar conta das consequências de uma violência que é multicausal, mas somos a face do Estado mais próxima da sociedade. E por isso somos instados o tempo todo a redimensionar nossas tarefas e ampliar nossa missão, continuou o comissário.

- E hoje, nossa missão é corresponder às expectativas elevadas de uma sociedade que quer e precisa de uma polícia que seja capaz de se reinventar e de se superar. E essa polícia somos nós. É a história que escrevemos nos plantões de delegacias, nas operações arriscadas, nas incursões, nas investigações, nas lições aprendidas e na memória dos colegas que ganhamos e perdemos no combate. Essa polícia é cada um e todos nós juntos, porque é a nossa coragem que nos une. É a nossa fé que nos dirige. E é o nosso lema que nos inspira: “Em defesa de quem precisar”. Sempre, finalizou Miguel Ticom.

Ao todo foram concedidas 65 medalhas, sendo 19 de honra, 18 de fidelidade e quatro de devotamento póstumo (concedidas aos policiais Bruno Guimarães Buhler, Firmino Feital, Getúlio Ernesto da Silva e Waldecyr de Oliveira Barros), entregues aos familiares dos policiais civis falecidos recentemente. Na solenidade compareceram representantes dos poderes executivo, legislativo, judiciário, da OAB, e demais autoridades policiais.