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PCERJ em Ação

Polícia Civil deflagra operação “Domínio Final” em Duque de Caxias

Fotos: Divulgação

ASCOM - Assessoria de Comunicação
18/08/2021 07h13 - Atualizado em 18/08/2021 17h21

Policiais civis da 62ª DP (Imbariê) deflagraram, nesta quarta-feira (18/08), a operação “Domínio Final” nas comunidades de Parada Angélica e Vila Sapê, no distrito de Imbariê, em Duque de Caxias. A ação teve objetivo cumprir 28 mandados de prisão e 27 de busca e apreensão, além do bloqueio de contas bancárias utilizadas para lavagem de dinheiro da facção do tráfico de drogas que atua nessas localidades. Agentes da Subsecretaria de Planejamento e Integração Operacional (SSPIO), do Departamento-Geral de Polícia da Baixada (DGPB) e da Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE) apoiam a ação.

Ao todo, foram cumpridos 12 mandados de prisão, sendo que sete dos alvos já se encontravam presos. Além disso, outras duas pessoas foram presas em flagrante no decorrer da operação. Houve ainda apreensão de duas motocicletas, um automóvel, diversas drogas e materiais usados pelo tráfico.

De acordo com as investigações, as lideranças dessas comunidades, além de traficar entorpecentes, fomentam e lucram com roubos de várias espécies. O nome da operação, Domínio Final, faz referência a esse controle dos delitos por parte desses criminosos.

Em escutas telefônicas autorizadas pela Justiça, os policiais identificaram que o líder da Vila Sapê – conhecido como “Playboy” e que responde por tráfico internacional de drogas e armas de fogo – movimenta cerca de R$ 2 milhões por mês com atividades ilícitas. O bandido também chefia a comunidade do Caleme, em Teresópolis, por meio de um subordinado. Ainda sobre este município da Região Serrana do estado, foi apurado pelos agentes que um líder da mesma quadrilha – apelidado de “Sombrão da VK” (Vila Kennedy) –, que está preso, teria ordenado aos comparsas que tomassem as comunidades que estivessem sob domínio de outras facções para “vermelhar” a cidade.

“Playboy” também é apontado como responsável por mandar aliados atirarem contra um matagal, onde suspeitou que houvesse policiais escondidos. Em uma oportunidade, ao saber que uma viatura de Rondas Especiais e Controle de Multidão (RECOM) da Polícia Militar tinha entrado na comunidade, ele determinou que atirassem. Segundo o traficante, “se o policial morresse não daria em nada”, uma vez que a RECOM não poderia operar naquele local.

Já Parada Angélica possui dois líderes locais, que se alternam na venda das drogas semanalmente. As investigações apontam que eles - conhecidos como “Bola” e “Rex” - são os responsáveis por coordenar roubos de cargas na região. A dupla usa a comunidade de “bunker” para esconder entorpecentes e armas de fogo de favelas limítrofes.

Apesar de terem lideranças distintas, ambas as comunidades - Parada Angélica e Vila Sapê – atuam em harmonia na distribuição de drogas, prática de roubos, homicídios e defesa armada do território.