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PCERJ em Ação

Polícia Civil e Ministério Público deflagram operação contra associação criminosa acusada de disseminar ódio a negros e judeus em redes sociais

Fotos: Divulgação

ASCOM - Assessoria de Comunicação
16/12/2021 06h33 - Atualizado em 16/12/2021 12h00

A Secretaria de Estado de Polícia Civil (SEPOL), por meio da Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (DCAV), e o Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público realizaram, nesta quinta-feira (16/12), a "Operação Bergon" contra suspeitos de crimes de racismo e antissemitismo. Os agentes cumpriram todos quatro mandados de prisão e 31 de busca e apreensão no Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Norte, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

As investigações duraram sete meses e começaram após comunicação feita à DCAV pela Secretaria de Operações Integradas, por meio do Cyber Lab, e a Homeland Security Investigations (HSI) para apurar fatos e circunstâncias ligados a uma associação criminosa voltada a prática de atos violentos, de discriminação e preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional por meio de redes sociais. Em maio deste ano, um dos alvos foi identificado por utilizar um aplicativo para espalhar o ódio e atrair simpatizantes, principalmente com ameaças contra negros e judeus. Na ocasião, a Delegacia da Criança e Adolescente Vítima representou pela decretação da prisão cautelar temporária de 30 dias e pela expedição do mandado de busca e apreensão e quebra do sigilo de dados.

A partir da análise do material periciado pelo Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE), da Polícia Civil do Rio de Janeiro, e pelo Ministério Público foi encontrado farto material de conteúdo racista contra negros e judeus, chamando a atenção os diálogos ameaçadores, cooptação de simpatizantes, treinamento e, principalmente disseminação de ódio. 

Dos alvos da ação, 15 são do estado do Rio de Janeiro, nove em São Paulo, dois no Rio Grande do Sul, dois no Paraná, um em Minas Gerais, um no Rio Grande do Norte e um em Santa Catarina. O nome da operação faz alusão à freira francesa Denise Bergon, que usou seu convento para abrigar crianças judias entre alunos católicos durante a Segunda Guerra Mundial, evitando serem capturadas pelos nazistas.