ASCOM - Assessoria de Comunicação
27/04/2022 08h11 - Atualizado em 29/04/2022 17h30
A Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco) e a Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados (DDSD) realizaram, nesta quarta-feira (27/04), a operação “Ambivalence” contra integrantes da organização criminosa liderada pelo miliciano Diego Lucas Pereira, o "Playboy". Ao todo, foram cumpridos 44 mandados de busca e apreensão nos bairros Campinho e Praça Seca.
A ação é parte da FT-1000 (Força-Tarefa dos Mil Milicianos Presos) e contou com apoio da Corregedoria da Polícia Militar. Ao longo da operação, três pessoas foram presas em flagrante e houve apreensão de armas, drogas, carregadores, telefones celulares e rádios comunicadores.
Playboy foi preso em 2020 por agentes da Draco. Na ocasião, foram apreendidas anotações típicas da milícia e telefones celulares. Após autorização judicial, os aparelhos passaram por análise de inteligência que constatou práticas de extorsão, como pagamento de taxas de segurança privada e de consumo de água, por exemplo.
Durante as investigações, os policiais conseguiram imagens dos indiciados nos chamados “postos de trabalho” e do armamento utilizado pelo grupo paramilitar, sendo que dois deles já foram apreendidos em ações anteriores da Draco. A contabilidade de gás e escala de serviço dos criminosos pertencentes ao bando também foram objetos de verificação.
Segundo os agentes, a milícia do bairro Campinho é pioneira na aliança com o tráfico de drogas, fazendo nascer a narcomilícia no Estado do Rio de Janeiro. A inteligência da Draco detectou, ainda, que há apoio recíproco entre as facções e que o grupo paramilitar contra com a participação de alguns agentes ligados às forças de segurança.