PCERJ em Ação
Polícia Civil deflagra operação contra organização criminosa envolvida em extorsão em conjunto habitacional da Zona Oeste
ASCOM - Assessoria de Comunicação
13/06/2023 13h07 - Atualizado em 14/06/2023 12h19
Policiais civis da Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados (DDSD) deflagraram, nesta terça-feira (13/06), a "Operação Sanitizer", nas comunidades da Coreia, Rebu e Vila Aliança, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Nove pessoas foram presas, incluindo lideranças da facção que atua nessas localidades; sete fuzis; uma pistola; munições; carregadores e aparelhos de telefone celular foram apreendidos.
A operação teve como objetivo cumprir mandados de busca e apreensão em endereços ligados à facção criminosa e um de prisão preventiva contra o chefe do tráfico de drogas da região. Os alvos são investigados pelos crimes de furto qualificado, receptação qualificada, extorsão, associação para o tráfico de drogas e organização criminosa.
A investigação começou a partir de denúncias realizadas pelos próprios moradores. De acordo com os agentes, traficantes de drogas destituíram síndicos dos condomínios do conjunto habitacional Minha Casa, Minha Vida - formalmente eleitos em assembleias - e os substituíram por criminosos, que atuavam arrecadando taxas extorsivas para que os moradores tivessem acesso aos serviços públicos de energia elétrica, água encanada, gás natural residencial e sinal de internet.
Os serviços eram prestados por empresas vinculadas à organização criminosa que atua na região, que impedia, com extrema violência, o acesso dos funcionários das concessionárias legalizadas. De acordo com os agentes, os membros do grupo se posicionam nas guaritas de entrada de cada um dos prédios e, dali, controlam o dia a dia da comunidade, impondo o medo por meio de ameaças de violência, morte e expulsão, caso os moradores não se submetam às regras impostas.
A ação contou com o apoio da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), do Serviço Aeropolicial (Saer), do Departamento-Geral de Polícia Especializada (DGPE) e do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE), além de técnicos de concessionárias de energia, telefonia e distribuição de gás.
