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PCERJ em Ação

Polícia Civil realiza operação contra um dos maiores esquemas de fornecimento de drogas do Rio de Janeiro

Fotos: Carlaile José Rodrigues

ASCOM - Assessoria de Comunicação
21/05/2024 15h28 - Atualizado em 21/05/2024 15h38

A Secretaria de Estado de Polícia Civil (Sepol), por meio da Delegacia de Combate às Organizações Criminosas e à Lavagem de Dinheiro (DCOC-LD), com o apoio da Delegacia de Repressão a entorpecentes (DRE), da Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE) e da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (DRCO) da Polícia Civil do Amazonas, realizou a "Operação Rota do Rio", nesta terça-feira (21/05). O objetivo era desmantelar uma das principais estruturas de fornecimento de drogas em atacado da organização criminosa autodenominada Comando Vermelho, em parcerias com uma das facções do Amazonas (CVAM).

Os agentes cumpriram 99 mandados de busca e apreensão domiciliar expedidos pela Justiça, nos Estados do Rio de Janeiro, Amazonas, Minas Gerais e Pará, em desfavor de pessoas físicas e jurídicas identificadas como integrantes ou associados a um dos "braços operacionais e financeiros” do Comando Vermelho. Alguns desses mandados tinham como locais o interior das comunidades Fallet, Fogueteiro, além de endereços nobres da cidade: Ipanema, Arpoador, Copacabana, Barra da Tijuca, Catete, Recreio; e do estado do Rio de Janeiro, como Cabo Frio e Búzios.

Ao todo, quatro pessoas fora presas, incluindo o líder do tráfico do Fallet-Fogueteiro, em cumprimento a cinco mandados de prisão, além de outros três alvos detidos em flagrante. Mais de R$ 500 mil em drogas foram apreendidos.

As investigações, que contaram com o apoio do Comitê de Inteligência Financeira e Recuperação de Ativos (Cifra), apontam que a rota utilizada para o escoamento da droga vinda do Amazonas até o Rio de Janeiro serve, em sentido contrário, para o fluxo de dinheiro do comprador atacadista para o seu fornecedor, evidenciando o grande esquema de fornecimento e pagamento da droga vendida tanto no morro quanto no asfalto.

Para escamotear a origem ilícita dos recursos oriundos da compra e venda de drogas, essa organização criminosa realiza pagamentos de forma pulverizada a diversas pessoas interpostas. Entre elas, um frigorífico no Amazonas, pertencente a um ex-prefeito de um município daquele estado, que teve o mandato cassado por abuso de poder econômico.

As investigações financeiras apuraram que, em um período de dois anos, a organização movimentou aproximadamente R$ 30 milhões em recursos ilícitos.

A operação tem como objetivo angariar elementos de prova, o confisco de bens móveis e imóveis relacionados às atividades de tráfico. Essas ações são fundamentais para desmantelar o arcabouço financeiro que patrocina o comércio ilícito da facção e enfraquecer significativamente seu poder de atuação, com risco mínimo de letalidade.

A "Rota do Rio" representa um marco significativo no combate ao narcotráfico e ao crime organizado. Desmantelar essa infraestrutura é crucial para enfraquecer as operações do Comando Vermelho e reduzir a criminalidade nas áreas sob sua influência.

Outro destaque é a comprovação que o tráfico “romântico” do asfalto e o sanguinário das comunidades têm a mesma origem e o mesmo fornecedor, sendo um tão nefasto quanto o outro em se tratando de macrocriminalidade. Essa operação é uma demonstração clara de que a Sepol está atuando em todas as frentes no combate ao crime organizado e ao tráfico de drogas. A "Operação Rota do Rio" não só visa desmantelar a estrutura financeira e logística do Comando Vermelho, mas também mostra o comprometimento da Polícia Civil em garantir a segurança pública e a ordem em todo o Estado do Rio de Janeiro. A ação coordenada entre diferentes delegacias e estados reforça a determinação das autoridades em combater eficazmente o narcotráfico e outras atividades criminosas.