ASCOM - Assessoria de Comunicação
27/08/2020 11h05 - Atualizado em 27/08/2020 13h42
A Secretaria de Estado de Polícia Civil (Sepol), por meio da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), em conjunto com o Ministério Público Estadual, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), realizaram, na manhã desta quinta-feira (27/08), a Operação Consagrado. A ação, que contou com apoio da 3ª DPJM, da Secretaria de Estado de Polícia Militar, visa cumprir 32 mandados de prisão e 71 de busca e apreensão, expedidos pela 1ª Vara Especializada de Crime Organizado e pela Auditoria Militar, contra uma organização criminosa de milícia que atua na Baixada Fluminense. Quinze pessoas foram presas, 12 por mandado de prisão e três em flagrante, e foram apreendidos sete armas de fogo, quatro simulacros, munições de diversos calibres, carregadores, fardamento equipamentos táticos, aparelhos de telefone celular e dois veículos.
As investigações tiveram início em agosto do ano passado, a partir de um duplo homicídio ocorrido em Austin, Nova Iguaçu. Durante a apuração, ficou constatada a existência de uma organização criminosa naquela região, com o objetivo de obter vantagem indevida com a prática de crimes graves, como homicídios, extorsões e porte ilegal de arma de fogo.
Ao longo das investigações, diversas diligências foram realizadas, assim como apreensões e prisões, que auxiliaram na identificação da estrutura da organização. Os investigadores descobriram que a quadrilha age explorando serviços clandestinos de TV e Internet, pontos de moto táxi, principal motivo de disputas e causador de mortes na região, e um suposto serviço de segurança para extorquir moradores.
Ainda de acordo com o levantamento, os atuais líderes da organização criminosa tomaram o controle da atividade ilegal na região após diversos homicídios ocasionados por uma disputa pela exploração dos pontos de mototáxi de Austin e arredores. A quadrilha chefiada por um ex-PM, atualmente preso, conta com a participação de outros policiais militares. Todos foram indiciados pelo crime de organização criminosa. Outros dois PMs foram indiciados e denunciados pelo crime de corrupção passiva, por receberem valores da organização criminosa para não coibir as atividades ilícitas no local.
O inquérito apontou ainda indícios de uma aliança entre a organização criminosa de milícia e uma facção do tráfico de drogas, formando uma narcomilícia.