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Institucional

Flávio Molina: um exemplo e inspiração para todas as gerações de policiais

Fotos: Divulgação

ASCOM - Assessoria de Comunicação
15/09/2020 13h17 - Atualizado em 15/09/2020 13h17

Inspiração para policiais de várias gerações, o policial e mestre das artes marciais Flávio Molina completaria hoje (15/09) 64 anos. Seu legado para a Polícia Civil, principalmente para as Operações Especiais, é inatingível.

Flávio Molina venceu diversas vezes o campeonato carioca de Taekwondo, categoria meio-pesado, além de ser precursor do Muay Thai e do MMA no Brasil. Porém, foi na Polícia Civil que ele se dedicou servindo à Instituição através da sua expertise em resgates áereos, habilidade desenvolvida em diversos cursos realizados nos Estados Unidos, Israel e na França.

Em 1991, o policial despertou admiração em uma equipe da SWAT que esteve no Brasil para realizar treinamentos. Os policiais americanos se impressionaram com a demonstração feita pelos agentes da Coordenadoria Geral de Operações Aéreas – CGOA e Flávio Molina se destacou, recebendo o convite para treinar com eles nos Estados Unidos.

Por ter sido lotado no início da carreira no CGOA, Molina começou a se aperfeiçoar nos trabalhos com corda, tornando-se um dos pioneiros da técnica vertical em corda – o rapel policial – e também um dos precursores do rapel invertido, descendo de cabeça para baixo, computando mais de 1.500 resgates em seu currículo.

A saudade do guerreiro é sentida com grande emoção nas marcantes e sinceras palavras do amigo de tantas lutas, o inspetor da Polícia Civil Renato Babaioff.

- Era o ano de 1992, eu entrava para trabalhar no ninho das águias/helicópteros da Polícia Civil e sabia que ali encontraria os melhores, a elite da Polícia Civil. Um dos policiais chamou minha atenção, sempre com astral lá em cima, pronto para qualquer missão. Um dia fomos treinar defesa pessoal, treinamos luta livre e depois trocamos uns golpes em pé, estou até hoje tentando acertar ele. Muito técnico, forte, rápido, não cansava. Um policial fora de série, um mestre das artes marciais, diferenciado, bom em tudo que fazia. Seu nome era Flávio Martins Molina. - afirma o colega de profissão.


- Um grande guerreiro, foi o que encontrei em todas as batalhas que enfrentamos juntos. Um lutador completo que senti na pele em muitos treinos inacabáveis e em verdadeiros espetáculos de luta. Um amigo, um irmão que marcou minha vida para sempre e deixou saudades. - completou Babaioff, ao relatar as façanhas do amigo.


*Homenagem na Cidade das Artes Marciais*

Ao longo dos anos, o detetive Molina recebeu muitas homenagens, tanto pelo seu trabalho nas artes marciais, como na Polícia Civil. O seu talento às lutas marciais e sua dedicação à Polícia Civil estão agora eternizados também na Cidade das Artes Marciais, inaugurada, no dia 12 de agosto, na Barra da Tijuca, Zona Oeste. No local, foi instalada uma calçada da fama onde uma placa reverencia o nome do maior especialista em resgates aéreos do país.

A homenagem ao ex-membro da Coordenadoria Geral de Operações Aéreas - CGOA, falecido no dia 19 de fevereiro de 1998, durante uma simulação de resgate, em São Conrado, teve a participação de agentes da Coordenadoria de Recursos Especiais – CORE.

- É gratificante ver seu legado sendo preservado e servindo de inspiração para outros policiais e lutadores. Gostaria de ressaltar sua integridade, que sempre foi o norte na tomada de suas decisões, o que muito nos orgulha como filhos - , comentou Marcelo Molina, que agradeceu a homenagem a seu pai, compartilhando a honraria a todos os policiais pelo “belo e inigualável trabalho que executam".